terça-feira, 13 de dezembro de 2022

A maneira de dizer as coisas - Conto árabe





 Olá, galera! Como estão todos?

Estava navegando na rede dias desses e me deparei com um conto árabe muito interessante, ainda mais porque em minha família (ah, é...esqueci de dizer que tenho sangue árabe), tem uma parada bem séria com os significados dos sonhos.

No conto a seguir, que vou partilhar com vocês do Empório 11 Sabores Árabes, um sultão tem um sonho com dentes e chama um adivinho para decifrá-lo. A coisa não acaba muito bem para o coitado do adivinho e outro é chamado.

O segundo decifrador de sonhos faz a mesma interpretação que o primeiro e é recompensado. O que ele fez de diferente? Ele disse a mesma coisa de uma maneira diferente. Fica a dica ;)


Maneira de dizer as coisas
Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
‒ Que desgraça, senhor! ‒ exclamou o adivinho. Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.
‒ Mas que insolente! ‒ gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!
Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem acoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
‒ Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
‒ Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem acoites e a você com cem moedas de ouro.
‒ Lembra-te, meu amigo, ‒ respondeu o adivinho ‒ que tudo depende da maneira de dizer...
Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.
Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.
A embalagem, nesse caso, é a indulgência, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos.
Ademais, será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dizê-la a nós mesmos diante do espelho.
E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento.
Importante mesmo, é ter sempre em mente que o que fará diferença é a maneira de dizer as coisas...


Alimentos macios, acessíveis e de fácil cocção - Bianca Braga (proprietária da @morangos_mirtilos)

 


Sabe aqueles alimentos que as pessoas não gostam muito por acharem que não são gostosos e nem fáceis de cozinhar?

Esses alimentos, além de gostosos e nutritivos, são muito rápidos, baratos e bem macios. Até as crianças vão adorar!

Então, que tal exercer seus dons culinários e ainda se livrar do estresse? Não sabia, não? Pois é, meus caros amigos, cozinhar é gostoso e faz bem, mas esse tema é um post para um outro dia.

Agora, fique com as dicas de Bianca Braga, futura nutricionista da USP, especialista em Meio Ambiente, dona da Morangos & Mirtilos (@morangos_mirtilos) e que adora cozinhar.

Bora lá?


Brócolis

Preparo: retire os talos inferiores, corte em pedaços menores e coloque na panela com água suficiente para cobrir. A panela pode ser de pressão ou comum. Pode jogar sal na água se quiser, ou só temperar depois de pronto.

Tempo de cozimento: em média 6 minutos. Para saber o ponto, é só espetar com um garfo.

Dica pós-cozimento: pode temperar com pimenta, sal, vinagre, azeite direto no prato. Caso queira, também pode refogar na frigideira com alho, óleo e cebola.

Chuchu:

Preparo: descasque o chuchu em água corrente para não descamar a mão (o chuchu solta uma gosminha que deixa a mão descascando) . Corte-o em cubos. Coloque na panela com água suficiente para cobrir, e deixe cozinhar. Pode jogar sal na água se quiser, ou só temperar depois de pronto.

Tempo de cozimento: em média 15 minutos. Se for na pressão, 2 minutos é o suficiente.

Dicas pós-cozimento: pode temperar com sal, orégano, salsinha, cebolinha, qualquer tempero que tiver em casa! Também fica ótimo com queijo.

Mandioquinha

Preparo: pode tirar a casca ou manter, se quiser. Corte em rodelas grossas, pois a mandioquinha cozinha muito rápido e desmancha, se estiver muito fina.

Tempo de cozimento: em média 15 minutos.

Dica pós-cozimento: a mandioquinha pode ser comida com todos os temperos que tiver em casa que ficará ótima. Pode-se usar para fazer pão e bolo também, além de purê de mandioquinha. Nesse caso, é bom deixar por volta de 20 minutos no cozimento.

Abóbora

Preparo: pode-se utilizar com ou sem casca. Corte em cubos, rodelas ou pela metade, a depender do modo de cozimento.

Tempo de cozimento: se for cortado ao meio, coloque no forno com papel alumínio por meia hora. Se for em rodelas, colocar no forno com temperos diversos, sal grosso, óleo ou azeite e deixar por 20 minutos. Se for em cubos, cobri-los com água e ferver na panela coberta por em média 20 minutos.

Dicas pós-cozimento: os cubos podem ser servidos refogados em frigideira, ou em purê, ou fervidos com leite de coco.

Abobrinha

Preparo: cortar em cubos (manter a casca, super gostosa e nutritiva). Na panela, cobrir com água suficiente.

Tempo de cozimento: em média 18 minutos.

Dicas pós-cozimento: pode ser comida na sopa, com macarrão, com arroz e feijão, em lanches diversos, sendo temperada da forma que preferir.

Feijão  carioca

Preparo: é importante sempre deixar de molho por, no mínimo, 12h. Dessa forma, ao cozinhar, demorará menos tempo, e os nutrientes do feijão serão melhor aproveitados pelo corpo.

Cozimento: para o feijão tipo carioca, 16 minutos é o suficiente na pressão. Pode colocar folhas de louro e cenoura dentro também!

Dicas pós-cozimento: arroz e feijão é uma combinação divina que faz muito bem para o corpo!

Batata comum

Preparo: lave e corte as batatas em cubos. Pode manter a casca, retirando somente as partes manchadinhas.

Cozimento: em média 25 minutos na panela comum semi-coberta, e 10 minutos na pressão.

Dicas pós-cozimento: batata pode ser comida quente, fria, com vinagre, com queijo, com presunto, com ovo, com tomate… com tudo!

Vitaminas de frutas

Preparo: corte as frutas em pedaços menores, e use a casca quando possível! Maçã, pêra, abacaxi, banana, abacate são ótimas frutas, mas pode diversificar. Pode bater com espinafre, hortelã ou até couve, e fica uma delícia! Se quiser, pode congelar a banana antes de bater, e vira um sorvete natural delicioso. Outra coisa: pode bater com leite ou com água!

Tempo: só alguns minutinhos no liquidificador! Lembre-se de não coar a bebida para aproveitar ao máximo as fibras e nutrientes.

Dicas: pode tomar como bebida, como sorvete ou como um "iogurte caseiro", colocando aveia ou flocos de milho na hora de comer, e até mais frutas não batidas!

Purês

Preparo: alimentos como cenoura, mandioquinha, batata, inhame, cará, entre outros, dão excelentes purês.

Tempo de cozimento: depende do alimento! Deixe na panela até ficar bem molinho, depois escoe a água e amasse até ficar da consistência desejada. Tempere como quiser!

Dicas pós-cozimento: comer os purês nos pratos do dia-a-dia são uma forma saborosa de incluir alimentos saudáveis e gostosos na alimentação! 

Por que achamos que ser magro é bonito? Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini




Olá, pessoal! Aqui é o Will.
Queria deixar como primeira postagem do blog, um assunto publicado em 2015 na Revista Super Interessante e que continua super atual, infelizmente.
Digo infelizmente, porque até hoje o padrão "magreza" é martelado na cabeça de todo mundo, quando o padrão "diversidade" é o mais lindo e completo de todos.
Ser magro não é ruim, veja bem, mas só se essa for a sua vontade e desde que tenha um suporte saudável para lhe amparar.
O que conta é o seu livre-arbítrio, a sua opinião, o seu poder de escolha.
Agora, sem mais delongas, dê uma lida nesse artigo para entender um pouco e quando começou essa lavagem cerebral que até hoje machuca muitas pessoas.



Por que achamos que ser magro é bonito?
Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”?
A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.
Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um obstáculo.

Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”. 

A maneira de dizer as coisas - Conto árabe

  Olá, galera! Como estão todos? Estava navegando na rede dias desses e me deparei com um conto árabe muito interessante, ainda mais porque ...